O ano de 2020 começou com indicadores positivos para o mercado imobiliário, mas para conhecer o motivo disso é preciso entender que o setor dispõe de três pontos importantes: as taxas de juros, a confiança do consumidor e a alta empregabilidade.
Melhora no mercado
A recuperação do ramo imobiliário já era esperada pelo setor. A construção civil, considerado um dos motores da economia brasileira, estava em estagnação há quase 5 anos.
De acordo com a Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC), o Brasil teve um aumento de 23,9% em lançamentos no terceiro trimestre de 2019, se comparado com o mesmo período do ano anterior. As vendas também cresceram, uma alta de 15,4% no mesmo período citado, segundo dados do Secovi-SP.
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Taxas reduzidas
A Selic, a taxa básica de juros brasileiras usada como base para financiamentos, caiu para 4,5% no final de 2019, o menor índice desde sua criação em 1996. Essa queda influenciou diretamente os juros do crédito imobiliário, mesmo sendo somente um dos custos envolvidos no crédito imobiliário.
Para saber mais sobre o que é o crédito imobiliário, clique aqui.
Outro fator ligado a queda dos juros é a concorrência entre os bancos. Com tarifas menores, os bancos procuram novos meios de atrair os clientes. A Caixa, por exemplo, que possui cerca de 70% do mercado imobiliário, já anunciou duas novas linhas de crédito, uma com juros inferior a 5% e outra com preços pré-fixados, seguindo o modelo norte-americano.
Para entender melhor a diferença que a baixa dos juros significa, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) calculou que a cada ponto percentual a menos nos juros imobiliários, 2,8 milhões de famílias passariam a ter condições de financiar uma moradia.
Confiança do consumidor
Quanto a confiança do consumidor, é mais fácil calcular este dado em base do aumento de financiamentos de imóveis. Em 2018, foram financiados mais de 228 mil imóveis, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), enquanto que em 2019, o aumento foi de 46%.
Entretanto, um fator imprescindível para este resultado foram as mudanças legislativas. A Lei do Distrato (13.786/2018), trouxe a segurança necessária para os casos de distrato, a regulamentação define o prazo e o percentual a ser devolvido quando há rescisão contratual.
Outra alteração importante aconteceu em 2019 na Lei 12.414/2011. Com a mudança, a legislação tornou obrigatória e automática a inscrição de pessoas físicas e jurídicas que possuem empréstimos ou financiamentos ao Cadastro Positivo, da Serasa. Este banco de dados fornece um histórico com informações sobre pagamentos de contas e contratação de crédito. Assim, se torna mais seguro o empréstimo e, tendo um bom histórico, também é facilitado o acesso a novos financiamentos.
É importante lembrar que somente a pontuação de crédito estará visível para os bancos e financeiras, além de comércios e serviços. A consulta dos dados abertos só será disponibilizada caso a pessoa autorize.
Geração de empregos
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), foram geradas 157.213 vagas formais em setembro de 2019. Este dado corresponde ao melhor resultado para o mês desde 2013.
O número de pessoas ocupadas chegou a 94,4 milhões de setembro a novembro de 2019. Segundo o IBGE, este número é um novo recorde da série histórica e representa um aumento de 0,8% quando comparado com o trimestre anterior, de junho a agosto. Se comparado com o mesmo período de 2018, o aumento de pessoas empregadas representa cerca de 1,6%.
Como visto, todos os pilares do mercado imobiliário demonstram avanços e o mercado vive um bom momento junto a rota de crescimento. Esse movimento já tem animado as empresas do setor que vislumbram a retomada e um 2020 com foco nas vendas.
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